Catingueira
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Catingueira
Nome popular: Catingueira, catinga-de-porco, pau-de-rato.
Nome científico: Caesalpinia pyramidalis
Família: Fabaceae
Origem: América do Sul
Utilização:
-Madeireiro
Usada para estacas, moirões e varas, na fabricação de carvão e lenha, bem como na confecção de cercas estivadas e cabos de ferramentas. Há quem use a madeira da catinga-de-porco para aromatizar cachaças, deixando sua madeira curtindo na bebida por alguns dias. A cachaça curtida na catinga-de-porco pode ser encontrada em algumas lojas no Nordeste Brasileiro. Quem a bebe fica exalando um forte cheiro pela pele, o que talvez possa explicar o apelido dado à planta.
-Forrageiro
É considerada boa forrageira. As folhas jovens são procuradas pelo gado, as são desprezadas quando adultas devido ao cheiro desagradável que adquirem; fenadas perdem esse cheiro, constituindo boa forragem para bovinos, caprinos e ovinos.
-Medicinal
As folhas, flores e cascas são usadas no tratamento das infecções catarrais, nas diarreias e disenterias.
-Restrições ao uso
Os frutos maduros, ao serem ingeridos pelos animais, apresentam o inconveniente de, eventualmente, poderem perfurar partes dos seus tratos digestivos, em decorrência de uma protuberância existente no ápice dos legumes, o que pode levar ao óbito a rês afetada.
-Importância Nutritiva
O valor nutritivo da catingueira foi comparado ao de outras leguminosas forrageiras arbóreas da caatinga nas fases vegetativa, de floração, frutificação e dormência. Ficou constatado que, apesar de possuir o menor teor proteico na fase vegetativa, a catingueira apresentou menor declínio desse constituinte com o avanço das fases de desenvolvimento, em estudos realizados. O consumo de folhas de árvores chega a 85% da dieta dos caprinos durante o período seco, porém a medida que a estação seca avança, apesar de aumentar o consumo de folhas caídas ao chão, sua contribuição para o desempenho dos animais passa a ser apenas marginal, por causa do decréscimo do seu valor nutritivo. Portanto, a catingueira pode ser melhor aproveitada sob a forma de feno. Estudos realizados indicaram que o feno da catingueira e comparável ao feno da leucena, sendo os dois considerados adequados ao uso como suplemento proteico, tendo em vista o alto potencial de degradação ruminal da proteína de ambos. Outras pesquisas advertem que, no manejo da caatinga, a catingueira não deve ser rebaixada, em virtude da sua baixa palatabilidade, porém, recomendam a sua fenação.